Timóteo (1)
Líder cristão judeu que trabalhou
intimamente com Paulo em seu ministério pro ocasião da sua segunda viagem
missionária. Paulo escreveu as cartas de Primeira Timóteo e Segunda Timóteo a
este crente de segunda geração. Timóteo tornou-se um aluno tão aplicado de
Paulo que o apóstolo o chamou de “meu querido filho”.
→Fonte: Dicionário
Bíblico Ilustrado para a Família
Timóteo
(2)
Nome de um dos conversos de Paulo e seu
companheiro de trabalho e coadjutor do apóstolo Paulo. As expressões “meu filho
muito amado e fiel no Senhor”, 1 Co 4.17 amado filho na fé”, 1 Tm 1.2, parecem
indicar não só o grande amor que lhe tinha, mas também que ele era seu pai
espiritual. Seja como for, torna-se claro, 2 Tm 1.5; 3.11, que, por ocasião da
primeira viagem missionária, o apóstolo visitou Listra, que Eunice, mãe de
Timóteo e sua avó Lóide, já eram crentes e que o moço Timóteo tinha idade
bastante pra compreender as lições sobre a nova fé que sua mãe havia adotado. A
mãe era mulher fiel da Judéia, e o pai era gentio, At. 16.1. Por outro lado,
desde a infância havia sido instruído nas sagradas letras, 2 Tm 3.15, apesar de
não haver ainda sido circuncidado, At. 16.3. Quer tenha sido convertido por
Paulo, ou pela influência de sua mãe, certo é que em breve se tornou cristão
ativo e fervoroso. Alguns anos mais tarde, por ocasião da segunda viagem
missionária, Paulo visitou Listra outra vez, e soube que o jovem ministro tinha
bom testemunho dos irmãos que estavam em Listra e em Icônio, 16.2. A voz das
profecias já havia indicado que Timóteo se destinava a serviço especial, 1 Tm
1.18; 4.14; 2 Tm 1.6. Para não ofender os judeus, Timóteo foi circuncidado. Por
estre ato, o apóstolo manifestou o desejo de, sem ofensa de princípios,
preparar o jovem evangelista para começar a sua obra, sem escandalizar os
judeus a quem ia pregar. Daqui em diante, Paulo e Timóteo se uniram no mesmo
trabalho. Evidentemente, Timóteo acompanhou o apóstolo pela Galácia, Trôade,
Filipos, Tessalônica e Beréia. Diz-se nos Atos, 17.14, que Silas e Timóteo
ficaram em Beréia, quando Paulo se retirou para a parte do mar. Chegado que foi
a Atenas, mandou buscar a Timóteo, que muito à pressa se foi encontrar com ele.
17.15. Vê-se pela leitura de 1 Ts 3.1,2, que ele fez voltar Timóteo a
Tessalônica, e que Silas e Timóteo não se ajuntaram a ele enquanto não chegou a
Corinto, At 18.5; 1 Ts 3.6. Timóteo permaneceu com Paulo em Corinto, 1 Ts 1.1;
2 Ts 1.1, e provavelmente acompanhou-o na sua volta. Ouve-se falar de Timóteo
durante o ministério de Paulo em Éfeso. Diz Paulo na 1 Co 4.17 que antes de
escrever esta epístola, ele havia enviado Timóteo a Corinto para corrigir
abusos que ali havia. Ainda por alguma razão, como se depreende de 1 Co 16.10,
havia probabilidade de que Timóteo não chegasse a Corinto, o que de fato aprece
ter acontecido. Sabe-se, porém, que voltou a Éfeso, porque pouco antes da saída
de Paulo desta cidade, Timóteo e Erasto foram por ele enviados à Macedônia, At
19.22, onde se ajuntou aos jovens companheiros, 2. Co 1.1. Todos juntos
entraram em Corinto, Rm 16.21. Timóteo foi um dos que acompanharam a Paulo,
quando fazia a terceira viagem a Jerusalém, At 20.4, mas não se diz se ele
chegou até lá com o apóstolo; não aparece nos acontecimentos em Cesaréia, nem
na viagem para Roma. Mas encontrava-se o seu nome nas epístolas de Paulo, que
ele escreveu de Roma, Fp 1.1; 2.19-22; Cl 1.1; Filemom, 1. Evidentemente
Timóteo foi com o apóstolo para Roma onde lhe prestou relevantes serviços.
Depois de solto, o grande Paulo confiou-lhe o desempenho de sérias obrigações.
Na primeira epístola a Timóteo, vê-se que a igreja de Éfeso ficou a seu cargo;
missão difícil, plena de responsabilidades, principalmente para cum jovem
ministro do evangelho, 1 Tm 4.12. Tinha de dar combate a falsos doutores, de
nomear oficiais e de corrigir os abusos introduzidos na vida da igreja. Parece
que ele foi como delegado apostólico, e por isso não é de admirar que Paulo lhe
escrevesse tratando especialmente deste assunto. A segunda carta a Timóteo foi
escrita pouco antes da sua morte. Quase só, e com a morte diante dos olhos,
Paulo desejava ardentemente a presença de seu “filho”, 2 Tm 4.9,21, cuja
ausência lhe era tão sensível. É provável que ele Timóteo ainda chegasse a Roma
antes da morte de Paulo. Sabe-se, no entanto, que esteve preso em Roma e que
havia sido posto em liberdade, Hb 13.23. Se a epístola aos Hebreus foi escrita
por Paulo, a prisão de Timóteo deveria ter-se dado no período entre a liberdade
do apóstolo e a segunda prisão. Veja Paulo.
Se não foi escrita por ele, segue-se que Timóteo estava em companhia de Paulo
na prisão. É simples conjetura, porque
nada se conhece a respeito dos últimos dias de Timóteo.
→Fonte: Dicionário da
Bíblia John Davis
Segunda Epístola a Timóteo
Décimo sexto livro do Novo Testamento e
segunda das três epístolas pastorais, uma
carta escrita pelo apóstolo Paulo a Timóteo.
Paulo escreveu esta carta para dar a Timóteo algumas instruções finais. Timóteo
era pastor da igreja em Éfeso, e
Paulo estava na prisão aguardando ser executado.
→Fonte: Dicionário
Bíblico Ilustrado para a Família
Primeira Epístola a Timóteo
A Primeira Epístola de Paulo a Timóteo
foi escrita depois que ele saiu da primeira prisão que sofreu em Roma e de
reassumir a sua posição no trabalho missionário. Timóteo estava encarregado de
cuidar da igreja de Éfeso enquanto Paulo se detinha em Macedônia, 1 Tm 1.3.
Supõem alguns que a epístola foi escrita em Macedônia, o que não parece
provável. Deveria ser pelo ano 64 ou 65. Trata das dificuldades eclesiásticas
que Timóteo tinha de vencer e para esse fim dá-lhe instruções especiais. Por
ela se evidencia o interesse que ele mostrava pelo trabalho prático da igreja e
o cuidado que ele tinha pelo bem-estar pessoal de Timóteo e pelo êxito feliz de
seu trabalho. O conteúdo da epístola oferece a seguinte divisão: 1. Instruções
sobre a maneira de governar e instruir a igreja, cap. 1-3, incluindo
advertências sobre os falsos mestres, cap. 1, instruções sobre atos de culto,
cap. 2, sobre os oficiais da igreja, terminando com breve exposição sobre a
dignidade da igreja e das verdades fundamentais que lhe servem de base, cap. 3.
2. Instruções sobre o procedimento pessoal, caps. 4-6, referente às doutrinas
falsas e os erros que ele tinha de enfrentar, cap. 4, e ao modo de tratar as
diversas classes de pessoas de que se compunha a igreja, 5.1 até 6.2,
acompanhadas de exortações finais, parte de feição pessoal e parte reforçando
as instruções anteriores, 6.3-21.
Segunda Epístola a Timóteo
A Segunda Epístola de Paulo a Timóteo
foi escrita em Roma, depois de estar preso pela segunda vez, no ano 67, último
produto de sua pena inspirada. Fala de si como prisioneiro do Senhor, 2 Tm
1.8,16; 2.9, acusado de malfeitor, 2.9, esperando ser martirizado dentro em
breve, 4.6. Muitos de seus amigos o haviam abandonado, 1.15; 4.10,12. Dos seus
antigos companheiros, somente Lucas estava com ele, 4.11, gozando, contudo, de
um círculo de novos irmãos, entre os quais, particulariza Êubulo, Pudente, Lino
e Cláudia, 21. Já havia entrado no primeiro julgamento de que saiu livre,
16,17, estando agora novamente para ser julgado. Solitário e ameaçado de novos
perigos, lembra-se de Timóteo. Em parte, a sua carta tem como objetivo dar-lhe
coragem para exercer a obra de evangelista e pedir-lhe que apressasse a sua
volta a Roma, levando consigo alguns objetos de que precisava. A epístola
presta-se à seguinte divisão: 1. Depois de curta introdução, exprime o desejo
de ver a Timóteo, e regozija-se pela sua firmeza, 1.1-5, admoesta-o para que
torne a acender o fogo da graça de Deus que havia recebido, a despeito das
provações, 6-12, e a ser fiel à verdade que havia recebido, 13-18. 2. Exorta-o
a ser forte, a fazer-se bom soldado de Jesus Cristo, a ter em mente o
imperecível fundamento da verdade em que se baseia o Cristianismo, a evitar os
erros e a cuidar de sua própria espiritualidade, cap. 2. 3. Anuncia-lhe o
crescimento do erro e faz-lhe lembrar o exemplo que ele lhe oferece e os
ensinos das Escrituras inspiradas em que ele havia sido instruído, cap. 3. 4.
Finalmente, ordena-lhe que pregue a palavra e faça a obra de evangelista,
4.1-5, acrescentando solenemente que ele estava a ponto de ser sacrificado e
que a morte se avizinhava dele, 6-8. Termina com algumas referências pessoais,
9-22. As epístolas de Paulo a Timóteo e
a Tito chamam-se epístolas pastorais, classificação justificada pelo assunto de
que tratam. Os críticos racionalistas recusam-se a acreditar que Paulo seja o
autor destas cartas, pelo menos de acordo com a sua forma atual. Há contudo
abundantes provas externas a favor de sua autenticidade, conforme o testemunho
da igreja pós-apostólica que as recebeu como tais, levando ainda em conta o
fato de que nos últimos anos da vida do apóstolo, ele se entreteve a estudar a
vida prática das igrejas. Estas epístolas ensinam as mesmas doutrinas que se
encontram em todos os seus escritos, somente com mais alguma ênfase sobre os
aspectos práticos da fé cristã, de acordo com a situação. Paulo não seria o
homem de largos horizontes que nós conhecemos, se não tivesse discutido, como
fez nestas epístolas, as feições das igrejas e sua organização, nas vésperas de
separar-se delas.
→Fonte: Dicionário da
Bíblia John Davis